sábado, 8 de abril de 2017

Os fundamentos de Jesus Cristo na atitude de Francisco


Por Marcelo Damasceno 
      Repórter


Em sua passagem por aqui, o Mestre Jesus Cristo, em parábolas, no exemplo pessoal, nas conversas horizontais, mesmo sendo ele DEUS, nos sermões, nas ilustrações a cada milagre que fosse garantir alimento de um dia ou resolver uma bronca de ortopedia de 38 anos, sua atitude era muito simples e prática. Sem dificuldade legalista, sem liturgia de cargo ou apostila litúrgica. Jesus era direto ao seu próximo. Essas imagens são protuberantes nos evangelhos. Tanto fazia conversar sobre gastronomia ou serviços essenciais, com a samaritana ou em casa do amigo Lázaro, um debate teológico com Nicodemos ou está cercado de publicanos, a sua atitude continha simplicidade e verdade.
Esse modo de Jesus ser desapegado da sua máxima autoridade divina ou rigoroso em defesa da sua casa de oração, asfixiada por fariseus mercantilistas, incomodavam a mesa diretora das sinagogas e seus dispositivos seletivos, a fermentação legalista da fé por conveniência. E essa pregação sem "panos quentes" de Jesus Cristo, foi desmascarando os hipócritas religiosos que estavam em suas zonas de conforto, oprimindo o ambiente espirirtual dos fiéis. Os saduceus e fariseus, sepulcros caiados, protagonizaram o erro do fardo religioso em nome do próprio interesse e da fé aparente, movida à espetacularização do testemunho de Deus.
Jesus aniquilou o protocolo inútil e impiedoso. E ofereceu dois pilares muito pessoais e indivisíveis para uma vida sem dificuldade emocional, "ter simplicidade e ser prudente".

Em um planeta estourado de maldade e interesse próprio em todas as atividades humanas desses dias e dessas últimas horas, a penalizar todo mundo, na economia, na política, na religião, surge no meio dessa "bagaça" moral e clínica, o Papa Francisco, despojado de argumentos exegéticos e com foco na pessoa humana, com sua carne e sua alma, sem rótulo ou coloraçao do "raio à que parta à patavina", faz agora como faria Jesus Cristo.

E isso, o jeito, a pregação, a ideia, o exemplo do Papa Francisco,  também afligem os cerimonialistas, os amantes de paramentos vistosos com a opulência de certos templos e altares que negam Jesus. Falsos pastores que apresentam o capital como única forma de felicidade, quando impróprio Cristo avisou de que por aqui"teríamos aflição" entre um bom ânimo ou outro". Das exposições teológicas ou dos eventos que mercantilizam Cristo e negociam Jesus.
Que a vida funciona em harmonia aos nossos gestos, com a lei da obediência e do nosso pecado também. Que nos colhemos o que platamos. E só.
Essa singularidade e vida em comum com o próximo é uma marca do Reino de Deus. E o Papa Francisco está dizendo isso na sua atitude. Equivalente ao que ele aprende de Jesus e fala para todos nós, hoje.

Foto.
Antonio Moreno Pinto

Papa Francisco.

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