terça-feira, 28 de março de 2017

Um rio derramado de lágrimas após a eleição


Escrevi, Marcelo Damasceno.


 Começou nova etapa das nossas vidas com nossos prefeitos e vereadores eleitos deste Vale do São Francisco. Essas 56 cidades do entorno sertanejo, sua economia e os interesses públicos da saúde e na educação, o debate capitalista e perverso do transporte público, as demandas sociais que assolam simultâneamente à ignorância da população são temas solenemente escondidos.

 Um teor de festa e pasteurização de péssimo gosto, ilude os incautos e leva na conversa cínica e carregada de engodo os mais idiotas e até os mais espertos dos eleitores. São os próximos quatro anos que irão enriquecer feudos e impérios de alguns a empobrecer e esvaziar os direitos e necessidades de outros.


 Os sertões de Euclides da Cunha vão permanecer na miséria profetizada pelos mocambos de Antônio Conselheiro em dadas circunstâncias. O eleitor que vai vender o voto por "uma onça' de cinquenta contos vai amargar na ambulância pintada de algum político "cara de pau" e a gritaria por emprego ou cargo comissionado deverá ser o grito de festejos.
Às responsabilidades ou não de um quadriênio vindouro em  nossas vidas ou mais descolorida ou entre um preto e branco sem grana e cara de tacho.



 A região franciscana tem imensa oportunidade de discutir a versão ambientalista dessa Rio São Francisco que garante exportação de frutas e louros da balança comercial. Um mérito da mesma irrigação com sua água sem tratamento a matar a espécie humana entre nossos colonos. Os órgãos federais fincados a quase meio século entre nossa caatinga e Beira de Rio, como, DNOCS, SUDENE, CHESF, EMBRAPA E CODEVASF e as respectivas respostas de alguma prosperidade, loteamento de cargos e publicidade privada a promover o culto à personalidade política. E um sertão ainda em sua complexidade movido a bolsa família.

 Os índices de desenvolvimento humano São lembrados agora como vértice eleitoreira e não há na sociedade alguém capaz de desenhar o debate da desigualdade entre universitários correndo atrás do FIES e certos setores políticos atrás da máquina de fazer dinheiro fácil sem eleição direta.
Essa realidade abissal da urna tem uma realidade triste para os mesmos sertanejos de sempre e um prêmio lotérico de prefeituras e câmaras municipais e péssimos seres humanos que não sabem lidar com a solidariedade e parcimônia ao bolso público.

Quatro anos virão com raras e gratas surpresas mas também com o folhetim manjado de cabra sem vergonha na cara e cheio de más intenções. A realidade eleitoral que se apresenta nos quatro cantos do sertão se alastra em passeatas e redes sociais e perfumam guias eleitorais para os resultados bêbados da terrível ficha suja.
Aguardem certas cidades e comprem seus lenços pra chorar o Rio São Francisco derramado.

#marcelodamascenoemdia

Foto.
Net Divulgação
Rio São Francisco
Ponte Pres. Dutra
PETROLINA PE

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