sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Um frevo que traz Pernambuco pelo braço


Escrevi, MARCELO DAMASCENO. É jornalista de Petrolina-PE.



  A embriaguez do frevo. A presença e patrimônio imaterial da humanidade do frevo. Um movimento que exibe diversidade e igualdade. O FREVO combina pilates e acobracia. O FREVO é um ritmo, um gênero e um estilo de carnaval. O FREVO pede metais e percussões. O FREVO é Pernambuco. Desde os mandamentos desse frevo típico de Pernambuco há um reconhecimento pela musicalidade interminável de CAPIBA e maestro NELSON FERREIRA. Essa voracidade do cancioneiro colorido e muito pernambucano.

  Desde o cantor dos frevos e legitimado por sua discografia exuberante, CLAUDINOR GERMANO. Uma configuração da letra de J. MICHILLES em toda travessia pelos bonecos de Olinda e multiplicação esplêndida de ALCEU VALENÇA. Uma contribuição melódica de Amelinha e Elba Ramalho releitura elétrica e muitas cordas baianas de MORAES MOREIRA a uma esfera celeste que revela sucessos na antologia de Gal Costa.

  Mas ladeiras cúmplices de Olinda à serpenteada Rua da Concórdia em Recife o frenético clarão de gente com frevo a varrer qualquer dúvida. Um jeito carnavalesco no Brasil ou no mundo inteiro é o frevo.
Carnaval que pede acessórios e coração. O FREVO é um sotaque carregado de pertencimento de um povo. O FREVO cabe muito bem numa multidão e conforma por duas ou pessoa em sua solidão. A sombrinha da o charme e o frevo pode ser um lirismo ou uma canção amorosa. Feito para os suntuosos e selectos clubes o frevo acomoda o cheiro de frutas e carnes no mercado São José. É sublime percorrer essa trajetória centenária. O FREVO escorre nas vias populares e se espalha nas veias de alvenarias e paralelepípedos. A espessura da alegria multiplica a soberania dos blocos e bonecos. Essa distribuição democrática de elaborada desorganização para a dança múltipla do frevo.

  Pernambuco sabe bem do seu frevo com os primeiros clarins em Belém do São Francisco. E a singeleza do mestre Jaime e sua repercussão na fantasia momesca de Salgueiro em carnaval sertanejo. Esse histórico desde a antropologia explicada por Gylberto Freire em sua densidade de senzala e Casa Grande a separar confortos e juntar a limitação e soberania igual. Mover uma história com resultados da alegria desse dia 09 de fevereiro. Agraciado dia. Dia do FREVO.



FOTOS.

Internet IMAGENS.

Elba Ramalho em ruas do Recife.
Frevo popularizado.

#marcelodamascenoemdia

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