domingo, 19 de fevereiro de 2017

Pernambuco na multiplicação de suas culturas infindas


Escrevi, Marcelo Damasceno 
             É Repórter petrolinense.

             

As manifestações artísticas em Pernambuco desde o Recife a celebrar o Galo da madrugada entre os ritmos indígenas da ressonância em seus caboclinhos,  nos envaidece. É todo o frevo pernambuquinho em ruas com bonecos de Olinda a cada ladeira com Elefante. Desde o homem da meia noite a reluzir a frevioca mais acanhada, não importa. É a serenata das ilusões em tribos do manguebeat. Um culto a Chico Science. Um orgulho com Joaquim Nabuco no peito e as liras em tom colorido saudando o maestro Nelson Ferreira com trompetes e sua manhã de adereços com serpentinas.

               

J. Michilles estendeu sua poesia pelos quatro cantos medidos em Maurício de Nassau decifrando a fantasia lorde na pele única de Alceu Valença. Rufem as pontes a repicar uma única cidade como Veneza. Recife molhado sob a visão de ser tão Olinda.

Os versos de Antônio Maria seriam a pauta de uma quarta feira de cinzas, chorando o calendário carnavalesco por ser tão curto e poderia ser três dias multiplicados por três dias vezes por ano.
As elegias que douram a coroa confiada a Claudionor Germano refletem o design antropológico porém futurista de Francisco Brennand e tudo isso é a capital do frevo em eternidade. O frevo imaterial que causa suor e felicidade por ser patrimônio da humanidade. E sincronia epistolar de Capiba dando o tom da festa. Os estandartes que somam Spok a respirar maestria atemporal. Carnaval sem estação dos clássicos músicos que garantem todos os cânones que cantam Pernambuco em partituras. Vassourinhas em êxtase a erguer um verão com muitos mares e arrecifes e um sol olindense.

Carnavais a unir casa grande e senzala em trinca de menestréis no chão de Gilberto Freyre para cada antropologia. E cada cafuzo mal explicado em Felipe Camarão com as interpretações de Lampião seguindo um cangaço.
Para cada troça de mamelucos a madrugada distingue os mulatos. Pernambuco arretado. E um maestro Forró encarregado do xaxado com pierrô apaixonado por Colombina em gerais princesas para a guerra de Guararapes. E homens litorâneos sob mascotes declaram Pernambuco imortal, imortal.

Pernambuco extrapola seus bois voadores a cada torre erguida por Vidal de Negreiros. Essa extensa mulher da meia-noite explicaria Henrique Dias e seu grito pelos estádios timbus, corais e leoninos. Isso é Pernambuco.

E desde a rua da Concórdia ouve -se uma penitência libertária com Frei Caneca ensaguentado imprimindo à primeira página do midiático 'O Carapuceiro''.
Torna este estado de espírito em estado de Pernambuco com Dominguinhos para sempre em Luiz Gonzaga às ornamentações dos maracatus a romper a opressão negreira desde Pitombeira até um espetáculo de  Zé Pereira que o Carnaval nos dá.



Assista esse vídeo
Você vai amar.
Maestro Spok.

Nenhum comentário:

Postar um comentário