sábado, 7 de janeiro de 2017

O Jornalismo centenário do primeiro “Pharol” para Petrolina


Por Marcelo Damasceno, de Petrolina-PE



Por quase uma década a UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA- UNEB, em Juazeiro, Bahia, legitimou através da sua Faculdade de Jornalismo uma profissão,  tanto quanto  digna  que quaisquer outros bacharelados, graduações por seu caráter essencialmente da necessidade humana.  Os instrumentos jurídicos e científicos indistintamente são azeitados diuturnamente pela mobilidade das redações que presumem o jornal, o rádio e a tevê. Agora muito mais legítimo o diploma com a exposição da mídia agora escancarada pela internet. É preciso o diploma da profissão pra não permitir o apócrifo, o charlatanismo flagrantemente ignaro e capitalista.

 O jornalismo deve ser mantido à distância de todos os interesses que ousam ser mais importante que a notícia. Não fora assim e o mundo estaria ainda refém da escandalosa quadrilha criminosa a mandar nos resultados do futebol. A notícia é suprema, traz consigo o fato, o documento, a evidência. Não cabe 'edição' nem comunicação interna de chefia ou redator. A notícia não permite uma vírgula que seja. O Jornalismo é essencial porque nos vigia e não protege ninguém. Quando ocorre o contrário disso é apostasia. Não É jornalismo. Ai nada ampara nem homologa o mau jornalismo. E se há diploma, este deve ser cassado em nome  da informação como ferramenta cidadã e sem heresia. Ou seja, um dogmatismo de grupo , seja econômico e muitos partidário. O jornalismo é político mas não tem vínculo a grêmios em geral. Por isso o jornalismo triunfa sempre. Podem suprimir frases, mudar imagens ou deletar impressões, o jornalismo prevalece. Anular o diploma dessa atividade equivale a desautorizar a soberania da notícia que não deve sujeitar-se nunca.

Em 1915, ante a primeira pedra assentada para a construção da Igreja Catedral, nascia a primeira informação com a legitimidade protocolar dessa secular atividade em Petrolina. Nascia há cem anos o primeiro jornal nosso, muito sertanejo.

‘O PHAROL’ nasceu do primeiro jornalista,  JOÃO FERREIRA GOMES.  Um petrolinense,  irradiava barulho gráfico para o mundo o DIÁRIO DE PERNAMBUCO em Recife, capital pernambucana e como garante sua capa, o mais antigo da América Latina. Contudo, o jornalista João, começou a escrever a notícia nossa, sertaneja, entre a rua Dom Vital e a avenida Guararapes que estão hoje por aí, carregadas  de sites indomáveis.

JOÃO FERREIRA GOMES, longevo  em sua ambição dócil e contida a conferir no seu pequeno mundo quanto Petrolina não lia nada, não sabia de nada e não escrevia nada da notícia a lhe apontar esses 320 mil habitantes que amanhecem  frenéticos abrindo celulares, ruminando blogs e portais. João era um midiático da sua oficina gráfica, trancado em  um jornal tardio, diagramação  itálica e incolor do único preto e branco a mover barulho para cada noite ignorante de tudo do mundo. O PHAROL  a ferro e óleo e muita falta de truques virtuais, sem cooperação da globalização, inimaginável em sua época.

JOÃO FERREIRA GOMES, jornalista provisionado que fez nascer a IMPRENSA que pede o diploma necessário para impedir a notícia nas mãos de quem pratica jornalismo sem os princípios da isenção como obrigação e nenhum mérito que não seja a própria notícia. Ferreira Gomes,  sempre soube que era repórter, e  bem menos importante que seu jornal,  seu PHAROL de todos.

Foto-Rio São Francisco, BRASIL.
Sob a ponte Dutra,
entre Petrolina, PE e Juazeiro-BA/texto de #marcelodamascenoemdia

2 comentários:

  1. Bom dia. Seus textos são aulas. Muito grata por partilhar seu conhecimento conosco.
    Mas, reveja o título.

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  2. Uma sugestão desta humilde leitora: Escrever uma série de artigos sobre o Jornal O Pharol contando a história do início ao fim.
    Muito obrigada por compartilhar este conhecimento com seus seguidores e leitores. Deus o abençoe ricamente.

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